Medidas Gerais

Desobstruir o seio e restabelecer a drenagem é tão importante quanto erradicar o agente etiológico. Algumas medidas que podem ser úteis na desobstrução do seio:

Medidas gerais: hidratação adequada, umidificação do ambiente e evitar exposição a agentes que causem alergia.

Lavagem nasal com solução salina. É importante para todos os pacientes. Pode ser usada solução salina fisiológica ou hipertônica (tabela 2). Para fazer uma lavagem efetiva, colocar a solução na mão e aspirar pela narina até a solução atingir a cavidade oral, uma narina de cada vez. Repetir o procedimento várias vezes ao dia.

Descongestionantes orais (ex:cloridrato de fenilefrina) também podem ser utilizados, principalmente em caos virais,  sendo geralmente disponíveis em apresentações que associam anti-histamínicos orais, pois estes ajudam a diminuir a tosse e rinorréia no quadro gripal. São disponíveis também diversas apresentações comerciais de antihistamínicos de segunda geração (menos sedativos) associados a descongestionantes orais

Sprays nasais com corticosteróides: Segundo O FDA, a partir dos 2 anos de idade, a mometasona, já pode ser administrada, desde que  de forma cautelosa. No caso da beclometasona alguns estudos apontam evidências de insuficiência adrenal após trinta anos de uso. A budesonida triancinolona e fluticasona, até agora,  carecem de estudos que digam uma idade mínima para prescrição destas drogas. No entanto, a partir dos seis anos de idade já podem ser receitados com relativa segurança.Esteróides orais podem ser usados com critério dependendo da gravidade das manifestações alérgicas.

Tabela 2: Preparo de Solução Salina Isotônica e Hipertônica.
SOLUÇÕES SALINAS 
Formulação isotônicaFormulação hipertônica
Água fervida/filtrada 300ml
Sal marinho ou grosso 1 colher de chá rasa
Bicarbonato de sódio 1 colher de chá rasa
Água fervida/filtrada 300ml
Sal marinho ou grosso 2 colheres de chá rasa
Bicarbonato de sódio 1 colher de chá rasa.

Antibioticoterapia

Feito o diagnóstico de rinossinusite bacteriana aguda, a escolha do antibiótico deve refletir a prevalência de organismos produtores de B-lactamase. Amoxicilina é adequada onde a presença destes microorganismos é baixa, que é o caso do Brasil.
Se não houver melhora do quadro clínico em 4 a 5 dias, recomenda-se o uso de outros antibióticos de segunda opção, como Amoxicilina com Clavulanato de potássio, cefuroxime axetil ou Cefprozil. Em pacientes que usaram antibióticos no último mês, que apresentem complicações da rinussinusite ou que tenham rinussinusite frontal ou esfenoidal pode se iniciar diretamente com os antibióticos de segunda opção.
Em pacientes com alergia a penicilina e/ou cefalosporinas, pode-se utilizar Claritromicina, Clindamicina, gatifloxacina ou moxifloxacina
É recomendado o uso de antibióticos por 10 a 14 dias, porém se a resposta clínica for baixa, a continuação da terapia por uma semana depois da resolução dos sintomas pode ser a melhor escolha.
Já as rinossinusites crônicas devem ser tratadas por um perído prolongado com uma atenção maior para anaeróbios. Exemplos de antibióticos que podem ser utilizados são Amoxicilina com Clavulanato de potássio, cefuroxime axetil, Cefprozil ou Clindamicina . Tabela 3.

Tabela 3: recomendações de antibióticos nas rinossinusites bacterianas
Rinossinusite aguda (antibiótico de primeira opção)Amoxicilina
Rinossinusite aguda (antibióticos de segunda opção)Amoxicilina com Clavulanato de potássioCefuroxime axetil (ex: zinnat® ou genérico)
Rinossinusite aguda, paciente alérgico a penicilina e/ou cefalosporinaClaritromicinaClindamicina
Rinossinusite crônicaAmoxicilina com Clavulanato de potássioCefuroxime axetil (ex: zinnat® ou genérico)CefprozilClindamicina